quinta-feira, abril 28, 2011

"De todos os bares de martini no mundo"
Fui logo bater ao teu, tão longe e tão perto
Tão estranho e incerto

Contra todas a probabilidades encontrei-te no fundo
no fundo da minha esperança
dizia: "o meu coração aí não alcança!"

Lá fomos de mansinho
Conquistando um ao outro sem parar
sempre de "piano" , devagarinho
querendo muito a razão desvendar

Tão fácil se envolver nesta anestesia
tão descabida, intensa, tão envolta em fantasia

Foi tão fácil perder-me contigo
já não és "apenas" um amigo

É tão facil já cometer erros, dizer asneiras
ficar com ciumes, partir telheiras

e o azeite vem ao de cima
tal como a borra pousa no fundo
existem arestas a passar com a lima
Necessária mudança neste mundo

Lamento a minha raiva, revolta
lamento o meu desentendimento
lamento ás vezes esquecer no tempo
lamento um ou outro mal que não devia, mas volta

Não sei o que pensar, tem vezes
nem sei o que fazer, diz-me a razão
ando assim tem meses
ando a lutar contra a razão

Não me apetecer meter a razão ao baralho
estou sendo feliz ao pensar com o coração
não importa comer cru a cebola ou alho
importa sim é viver cada emoção

Mas a verdade, neste preciso momento
é não perceber bem as circunstancias
os amargos frios, as distâncias
que parecem num lamento

Chega mesmo a doer
o mistério que envolve, escabroso como uma escarpa
que parece subir tal como a ansiedade a crescer
preso por um fio de navalha, por uma corda de napa

"De todos os bares de martini no mundo"
Encontrei-te a ti... bem lá no fundo.

quarta-feira, março 23, 2011

fico surdo Cada vez que te vejo
fico cego quando te oiço ao telefone
tenho sonhos em que te beijo
e depois acordo cheio de fome

Tu deixas-me com fome e sede
não de pão, não de água
não infeliz, não de mágoa..
Por vontade preso na tua rede!

terça-feira, março 22, 2011

Queria beijar a tua boca proibida

Queria beijar a tua boca proibida
e agarrar as tuas mãos
e te abraçar com força, com vida
são apenas sonhos vãos

Queria atravessar essa ponte proibida
um passinho de cada vez pra não machucar
com tanta coincidencia parece destinada
as nossas mentes ao mesmo tempo a pensar

Queria-te dar um carinho no rosto
e te segredar o quanto te adoro
o quanto dentro de ti eu moro

É o mais flamejante fogo posto
que alguma vez senti
sem sentido, mas o sinto por ti.

Promise me...

Every night and day just ...

Promise me you’ll wait for me
’cos I’ll be saving all my love for you
And I will be home soon
Promise me you’ll wait for me
I need to know you feel the same way too...

http://www.youtube.com/watch?v=U_efZerCZoU

segunda-feira, março 21, 2011

Quem já viu amizade igual?
numa estranha coincidência
todos os dias uma persistência
horas imensas sem levar a mal


Quem diria esta dermência !
Um formigeiro na barriga a mexer
Não sei, não chego a perceber
porquê alguem a 900 km de distância?


e então com a tua elegância
fico desarmado, numa ânsia
desejando te conhecer

Mas se não fosse a tua simplicidade
e a nossa grande cumplicidade
nunca iria por ti endoidecer

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Depois de uma larga ausência
decidi entrar eu sem bater,
agora venho com a virtude e o saber
deixei de lado a penitência

Tinha eu muita paciência
em aturar sonhos loucos de prazer
foram perpétuos e intensos até doer..
sou agora conselheiro tipo agencia

terça-feira, janeiro 15, 2008

Conheci uma dádiva de Deus
Digo eu a mim mesmo cego
contra todas as probabilidades nego
a vontade de rejeitar calores seus

Conheci este anjo ancestral
aos meus olhos brilha ofuscante
com focagem automática, incansante
minha imaginação fertil, virtual

Porque a ponho num Pedestral
se não há caminho ideal?
Se não tem como andar?

é um caminho tenebroso
inagualável, escabroso
impossivel de amar

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Escondida no véu com dentes afiados
esconde-se a serpente incompreendivel
confusa, traiçoeira com ares de comestivel
atraem os leões esfomeados

em passos de lã aproximam-se enganados
julgando ter o dominio em suas terras
mas avizinha-se o corte aguçado de mil serras
que a serpente de muitas vezes esconde
inconscientemente essa para os falseados

mas esses esfomeados que vão aprendendo
ao longo do tempo fugindo e arrependendo
aprendem a lição

enquanto a serpente convencida, orgulhosa
ceifando almas
umas até que.. forma tão pomposa
hão-de ter o seu quinhão

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Caixa toráxica esventrada
por um coração que quis sair
deixou a vitima abandonada
Em mil bocados me quis partir
Procura-se... uma gota de orvalho
que toque na minha face pela manhã
que viva comigo anos-luz como o carvalho
que dê a suave paz e o paladar da ortelã

Procura-se um amor
Que me faça sofrer por vontade
Que sofra por mim com igual dor
Que me deixe a cada dia morto de saudade
E no frio me dê calor

Procura-se a minha metade
Que me sinta, que me deseje
que me faça feliz, que me dê a liberdade
e em qualquer lugar, se apetecer, me beije

Procuro alguem que sonhe sem adormecer
que viva o que a vida tem para oferecer
que não pense no que pode vir a acontecer
mas que tenha o pilar do amor sem forma de ceder

Procuro essa... que não tenha medo
de se molhar em chuvinhas ou chuvas,
de se aventurar em qualquer rochedo,
de se sujar na terra sem luvas

Procuro Sim! Não uma empregada
nem uma Dona de casa desesperada
Mas sim uma companheira, um amor, uma amiga
que dê sossego á minha vida já gasta e cansada
Daquele amor virgem e intocavel
Que eu vejo dia sim, dia não
É um vendaval, um vento fustigável
Leva a mente numa viagem em vão

Pois da loucura inconsistente, váriavel
vivo eu de te ver com paixão
o sentimento já há muito Indomavel
como a fervura inextinguivel de um tição

Por mais que seja erosivo
que não encaixe, que seja corrosivo
como entender os caminhos esguios do amor?

São bordados com seda e veludo
simultâneamente protegidos com um escudo
Deixando o meu coração com alegria e dor
Hoje sinto-me obscuro, deprimido
com tanto sonho volátil, reprimido
e coração duro como pedra
bebo um copo de água sem sentido

meu pensamento foi fustigado e abolido
estático como um boneco numa montra
sensações que outrora senti
sinto agora novamente e dizem-me que morri

um paradoxo com a vontade de viver
Na mente rege a destruição
com violência, com distinção
voo sem destino condenado a me perder

quarta-feira, setembro 26, 2007

és sim a minha musa
és o azul dos céus claro, a resplandescer
que me inspira e nas palavras abusa
uma vontade louca de te escrever

és sim o ar que entra
nos meus pulmões desejosos de encher
és sim tu onde o meu pensamento centra
e em sonho se deixa endoidecer
Só porque me doí te ver, admirar
Só porque é doce esta tortura
de querer e não poder "estar"
contigo que és uma doçura

Só porque te amo nos meus sonhos
e imagino te amar em vida
Só porque fico de olhos tristonho
sou alegres e de alma sentida

Não precisas sentir só por isso
a culpa, o peso , um reboliço
de nada serve se não vi

Quero-te sim tanto que me doí
mas neste doer que nunca te tive ou foi
existe o mais lindo sentimento por ti

quarta-feira, setembro 19, 2007

As lonely as a poet on the wall of Jericho
Or the moon without the comfort of the stars
I am loathe to know it that a man without a soul
Is nothing but a split canopic jar

I proved it, improved it
Drove a sonnet right through it
And in this state of bliss
Evil kissed with wet lips
Pen-filled fingertips
Which drew me, for through me
Illuminati usually pissed
But with words of some hurts worth
I threw a party that extended God’s list

Exciting new flames that my fame would claim for me
Reciting back the almanac of travesties

They call me bad
Mad Caliban with manner
Dangerous to know
A passing fad
Taught in all debauch
In excess and in canto

Grown wild this child
Whole harems defiled
Faustina’s and Mina’s
Lady Libertine and her sisters between her

What spread of lies arise when lovers die
Which circle of hell is mine when I arrive?

They call me bad
Mad Caliban with manners
Dangerous to know
A passing fad
Taught in all debauch
Crow against the virgin snow

Grown colder, my shoulder
Like a boulder beside her
And bolder, not wiser
My dark seed took up root inside he
That mouldered, where older

Beddings would hold a passionate sigh
But laudanum and soda
Lord Numb coda
Merited a forest of inherited spite

Fleeing grief for foreign maps
I still played vampire aristocrat
Unloading my gun in hot, promiscuous laps

Then shooting swans in a gondola
I tripped my foot on a fallen star
And there’s nothing like a mouthful of Venetian tar
To let you know just who you fucking are

[Ville:]
The patron saint of heartache
You can't see my world is falling
The world is falling down
The patron saint of heartache
Can't see the world is falling
My world is falling down

[Dani and Ville:]
Ever after, can they hear my laughter?
The patron saint of heartache
Never craft a better bed of disaster...
The patron saint of heartache

They call me bad
Made Caliban with manners
Dangerous to know
A passing fad
Taught in all debauch
In excess and in canto

They call me bad
Mad Caliban with manners
Dangerous to know
A passing fad
Whereupon I tell them
To go fuck their mothers
As so...
On my grave
Rum, verdelho, cerveja, vinho
casca de carvalho, fruto de pinho
em voz alta, na noite canto
versos que digo e males que espanto
 
Espanto?.. vem e vai e não pára?!
Grito rouco feito arara
estupido, tolo choro, riu
caio redondo na cama sem pio
 
dia seguinte perdido sem tino
arrependo-me, pergunto-me.. Que destino?
doi aqui , alem , um pé , uma mão
mas o que mais doi é á frente do pulmão
 
"maldito" .. não é bonito dizer
"ruim".. esse então nem ver
mas é o que me vai na alma
confusão de pensamentos sem calma

quarta-feira, julho 18, 2007

a cevada na mao, em riste o cristal
de vinho a garrafa cai no chao e eu de pensamento banal
quantas vezes assim eu fico e literalmente choro
a pensar em ti... e em mim..... e te ver "aki" eu morro

nao consigo de forma alguma.. quantas vezes
quantas... nao chego, nao posso... no meu sonho voas
feitico.. se soubesses quantas vezes
perco-me no vazio, esconderijo, coracao meu que magoas...

culpa minha, culpa minha....

segunda-feira, julho 16, 2007

nado numa corrente que nunca ira' correr no mesmo sentido
afogo-me nessa corrente por ti perdido
mas insisto, insisto ate' mais nao haver forcas pra lutar
ate' nem mais o existo, nem mais o cansar...

quarta-feira, julho 11, 2007

...


Perdoa-me se te idealizo
Perdoa-me se vejo em ti o que em mais ninguem vejo
perdoa este teu amigo sonhador
Que vive tudo com tanto furor


Perdoa-me se te faço triste
perdoa-me se alguma vez te fiz chorar
perdoa-me as noites que nao dormiste
preocupada como eu poderia estar


Perdoa-me porque suspiro quando passas
perdoa-me se te faço voar e quebro-te as asas
perdoa o meu "pensamento" lento
perceber o que dizes tarde de mais num lamento


perdoa-me por eu ser desta forma, assim
perdoa-me por tanto pensar em ti
em tanto instante sem fim
em tanto sonho te vi ...



Perdoa-me por seres o sol que me dá vida
na minha escuridão imensa, descolorida

....





Music by Enya - May it be

sexta-feira, junho 29, 2007

No meu mundo quadrado, redondo, de várias formas
Simples, em paz, confuso e complicado
Sou de tudo um pouco, sou um louco
estou infestado de emoções, vontade de ser amado

Sou um guloso por sensações
tenho ganas de furar as carapaças mais duras
Quero levar luz ás mais escuras
os pilhares da vida que desabam em ilusões

E quando olho em olhares fogosos
que me parecem assim, formosos
fico fascinado, contemplado

ou será apenas o fogo nos meus
que refletem nos seus
sonhos em mim sem razão, sem significado

terça-feira, junho 26, 2007

Tive uma e ainda outra mais
raios de sol que ofuscavão minha vista
tive sensações nunca antes tais
destino que dava a cada dia uma pista

e percebi que a pista era de ti gostar
mas vi-me num impasse de sentimentos
"e uma e outra mais" tive de largar
não consigo seguir tantos pensamentos

e mesmo sendo algo de "outro mundo"
feitiço que passo cada vez mais a gostar
preferi seguir esse tunel sem fundo
do que ter outros e não amar

Mas esse tunel, feitiço, essa pista.. .TU
que espero sempre demais, em demasia
espero sozinho, pessimista, nu
meu corpo de esperança vazia

sexta-feira, junho 22, 2007

Conto as horas, minutos e segundos pra te ver
porque pra mim és o mais lindo ser
E do quanto eu gosto sei que não necessitas de saber
mas te conto, escrevo, canso teus olhos de tanto ler

Dou-te calor com as palavras que desenho
dou-te o meu coração, o mundo, tudo o que tenho
dou tanto... isto, por mais que pareça estranho...
não tem idades, caras, seja preto, vermelho ou castanho

Fervilha e sinto tanto... não o sentes?..
Claro que não, mas imaginas talvez
eu que te vejo com tanta surdez

quarta-feira, junho 20, 2007

ta' doendo tudo mto em mim,
sinto que estou chegando ao fim...
Raios e coriscos
se não sei como estou entre asteriscos
Pois... entre tubarões ariscos
que podemos nós fazer, somos apenas petiscos
somos apenas iscos
estou no meu de mariscos
que delicia não? sou comido com beliscos
o resto é jogado fora no meio de ciscos
... e fico ali sozinho apanhando chuviscos!
Epa!
I don't have plans and schemes,
And I don't have hopes and dreams.
I don't have anything,
Since I don't have you.

And I don't have fond desires,
and I don't have happy hours.
I don't have anything,
Since I don't have you.


Guns N' Roses - Since I Don't Have You
Que estupidos são, estes que não compreendo
tenho a toda a hora.. os sinto
como posso eu ter? Sentir?
viro a cara e me minto
tento esquecer que eles existem... mas não consigo
e tu que axas? Eu?.. não axo nada!

estes que não compreendo.. como posso eu sentir?
é absurdo, tão fora de contexto
não sobra pra mim nada, nem um resto
como posso eu viver assim?
olho no espelho, já nem me conheço
tento esquecer estes, em mim
Então é assim que padeço?
Sei lá, n me perguntes.!

que horrendo a dor, não faz sentido
mas porque?.. pra que ficar perdido?
de que serve... pra que serve?
sou "amado" e ao mesmo tempo esquecido
estupidos são estes..
... estes meus sentimentos!
Pois são, culpa tua Nuno.

pra que sentir tanto , estes
de que serve?.. algumas vez serviu?
Não Nuno .. não serve... que tolice, que estupidez
sentir tanta coisa como sinto se não tem vez?
Pára Nuno... fala contigo mesmo
devia pois... mas já estou a falar!
mas... na mesma deixo andar.

Devia eu sim meter travão a estes
mas como se nem existe travão?
tira do carro então
tem graça pois... que piadão Nuno.
piadas dessas são em vão
Mas então como pode haver solução?
Não há... nem sei ... não penso!

Enfim...
Já tenho barba por fazer
pois.. tu não fazes só te apetece elouquecer!?!
ai estes que nos atrasam... como pode ser assim
tão estupido, tão fora de mim?
estes, estes, estes...
Bom dia. .. melhor que o meu certamente
Bom te ver assim sorridente
O meu começou bem breve
Não dormi direito, já tem meses
meu corpo que no sofá esteve
acordou ali sem eu pedir....
Já nem durmo na minha cama
adormeço imundo sim no sofá
ás tantas com muito frio, e a cabeça em chama

Acordei a pensar em ti....
ou melhor a sonhar contigo
no meu sonho te vi
falavas comigo
disses-te algo, e eu acordei...
imundo cheio de frio
no sofá e com uma roeza na barriga
persegue á tanto, não há quem diga

Estou numa lastima
tenho as mãos encardidas
tenho as pernas perdidas
o meu corpo é uma vitima
a minha casa do avesso
sinto-me uma bola de arremesso
sem redeas do dinheiro
gasto em vinho e carne e temperos de loureiro

Estou ficando a menos
minha roupa toda jogada pelos 4 cantos
nem vontade tenho eu... temos
eu e eu.. de arrumar pertences tantos
jogo-me pra dentro dela, fica-me largo
e dentro sinto-me um fardo

Estranho não?... Tem "piada"
tem pois se ao menos soubesse o quanto
não devo lamentar pois ouve-se ".. de alma coitada"
...o forro do sofá serve de manto.
Facil suponho, sim pois...
ainda mais quando é a dois
nem sempre é tão simples assim...
está tudo supostamente em mim.

Sobrevivo... um dia de cada vez!

terça-feira, junho 19, 2007

Mas que paz.. que quietude estranha
fogo apagado que ardia na lenha
nao percebo..

estou ficando sobrio hoje..
estou ficando com apetite, que fugia e ainda foge
nao sei.. nao percebo

sinto simplicidade... a quero
o fim da tempestade que tanto espero
nao entendo.. estranho

o que se avizinha? coisa boa certamente
boa pra mim pelo menos, seja o que for.. independentemente
continuo sem perceber

estou em silencio, na calmaria
que estupidez, eu.. que mais esperaria?
percebo, tudo bem

e mesmo fraco como estou.... estranho
lembro-me ainda ontem, antes de ontem... meu choro com ranho
pois que fazer se sou assim?!

e continua hoje, agora... a quietude
sim estranho, embora nada mude!?!
nao sei.. parece-me igual

não sei que destino. O que me apetecer farei
nao sinto preocupação por nada, deste mundo nada levarei!
estou desconsolado na mesma

tem piada esta minha escrita
todo este tempo, tanta coisa dita
enfim... também não percebo

Que proposito?.. Não há.. pra quê?
pois.. escrever e dizer o que me vai.. Quem quiser lê!
Quando estou com "ideias", "histórias", sentimentos ou paixões...

Gostei desta e daquela, gosto de umas..
poucas, diminutas, pequenas ou grandes... ou loucas
é o camarão.. esquesito!

ou louras a acompanhar, ou pretos então
ahh esses.. caiem como um trovão
mas que coisa, não se percebe

... e no entanto sereno eu
o fim da tempestade na minha porta bateu?
não sei... a ver

calmaria... que estranho se avizinha?

segunda-feira, junho 18, 2007

no negro escuro do vazio,
o calor que outrora sentiu
uma alma de tanto ver no pensamento
nao queria ficar ao frio

um ouvido que sempre ouviu,
uma face que sempre sorriu
sempre naquele especial momento
que por terra caiu

mas que por sombra
pode uma alma sequer pensar
imaginacao fertil que tem de limitar

estupidas palavras estas na penumbra
que a dor tenta aliviar
e esquecer o impossivel esperar

quinta-feira, junho 14, 2007

Nao devia estar preso a ti mas estou
sinto vontade de te levar comigo para onde vou
sinto-me encurralado de maos atadas
nuvens de sonhos prestes a serem perfuradas

Se mudares, se toda a tua vida mudar
se mesmo eu tiver vida, tambem eu
mudarei, pra dar asas e voar
o tao grande sonho meu

E' na minha mente que habitas
e' no meu coracao que bates
a minha ansia que quero que mates
nos meus sonhos saltitas

terça-feira, junho 12, 2007

Ja nao sei o que dizer
ja na sei o que fazer
sinto-me a cair
pois o meu pilar esta' a fugir

ja nao sei como me aguento
so me resta rastejar
se em mim nao mais acreditar
Tu! Como posso eu andar?

Como pode ser assim tao impossivel?
nao vivo em mim, noutro mundo talvez
porque neste nao tem vez
....
Imagina uma tormenta, agua em ebulicao
imagina um vulcao
imagina ... pois e' a sensacao
que sinto por ti no meu coracao

Imagina a dor que sinto qdo duvidas
imagina na tua mente as lagrimas escorridas
que em mim escorrem por emocoes tidas
no meu jardim sao as rosas mais escondidas

no meu jardim es tu dona da chave
pois todo ele cresceu por ti
sou a planta que a' tua mao comi

imagina que fere-me ferir-te
e como fico tb qdo fervo-te
palavras erradas ao dizer-te
sem querer.. de tanto querer-te

adoro-te sem fim acredites ou nao
lagrimas sao prova na minha molhada mao
ardo por ti como um ticao..

quarta-feira, junho 06, 2007

Que leveza de vida
um branco cinza avido de frescuras
pois de boa vivencia tida
deu , parece, azo a loucuras

Que espirito jovem e honesto
que filosofia supostamente bonita
e que maciez nas palavras e no resto
o olhar subtil que se ve de catita

"a vida sao dois dias " " e' viver"
palavras que encantam o proibido
e confunde aquele que quer saber
mania de me fazer metido

que formas mesmo ja' assim
a musica em palavras que sai da sua boca
sereias que encantam ao Sol, mas nao a mim
...ao fruto de misterio. Ahh minha mente louca!
De tanta escrita feita , quente e fria
que partilho minha alma, ansia e o viver
de todas as vezes que nao sube o que fazer
e de muitas palavras sem saber o que queria

de todos estes poemas que eu fazia
e tanta paixao em mim a arder
igual ao sonho de te querer
uma noite que nunca será dia

e do mau meu pensamento que me batia
e que de vez em quando quer me bater
mas fugo em lagrimas a correr
do pensameto que o viver bania

Ouvir tua boca que se abria
palavras sinceras que em ninguem hei-de ver
sao o chao que nao se pode abater
porque se se abate eu morria

Morria a minha paixao por ti de mania
se por outra boca de ti saber
mais ninguem vou confiar e sofrer
assim mais nada de mim ninguem saberia

de todos os poemas que te fiz maria
e todas a emocoes em mim a roer
nao confiar e´ a maior emocao que pode haver
tao grande magua nao sei se aguentaria

segunda-feira, maio 28, 2007

"Agora aguenta coração
Já que inventou essa paixão
Eu te falei que eu tinha medo
Amar não é nenhum brinquedo"

E eu sim tenho de aguentar
minha culpa esta dor de agora lamentar...

sexta-feira, maio 25, 2007

Ja se ouviu falar
da tristeza em meu olhar...

A penunbra desta sexta
que nao e´ nada com o que evade
a minha alma, a minha duvida da verdade
Nao e´ nada esta Sexta negra
com a negra coincidencia rija como pedra
com historias fantasticas enriquecidas
com o que eu vejo e junto. Esperanças esvanecidas.

E luto como nunca lutei
distante astro longinquo que nunca amei
Uma guerra que perdura sem cansar
estou exasto de tentar amar
Uma luta dia e de noite
uma dedicaçaõ permanente com afoite
foi a gota de chuva cair de uma folha no chao
voltou a chover na folha, em minha cabeça, na minha mão
e voltou a cair no chao num circulo vicioso
feito com tanto carinho, de tal forma amoroso
em vão

Minha luta para compreender o incompreendivel
minha luta de querer o impossivel
Travo a guerra em mim, dentro
o misterio, a duvida, e o que sinto
os sonhos que parecem realizar o que pinto
E nuvens carregadas que caem do ceu
parecem levantar o estranho veu

nao sei quando tera fim
mas afugentar esta complexidade sei que esta´ em mim

quarta-feira, maio 23, 2007

Sou doido por voçê a qualquer hora do dia
sou maluquinho quando vos vejo de qualquer côr
Aiii quando vos vejo.. suspiro de dor,
dôr de calores!... Não sabia?

Fervo a mil graus no desconhecido
e vos escrevo mil coisas doidas
que fazeis com tão loucas palavras tolas e tresloucadas?
deixais em si adormecido?

Princesa , donzela, Sol eu vos chamo
tanta coisa que pra vos não faz sentido, mas a mim faz
tanta coisa em vós que só de pensar traz-me paz
Se te digo as coisas que em mim
estão em ebolição sem fim...

poderás não me querer mais
ou por outro caminho será que vais?

Na mesma arrisco e te digo
aos demais não oiço, não ligo...

E se te digo que o que sinto é irracional
num momento a calmaria, noutro vendaval ?

Não compreendo mas estou a gostar
tanto que não me quero desligar

Mas e se te digo que te amo loucamente?
Digo-o porque sinto interiormente

Se te digo que o mais provavel
é que tenho uma paixão indomável?

Se te digo sei que me ouves !
não espero que me louves

Se me ouves peço-te que também sintas
não enganes o teu coração, não o mintas

Se o sentes partilha comigo
não tenhas umbigo

Se sinto esta tortura de não te poder ter
deixa-me ao menos te ver

Deixa-me te ver , a tua essencia
tão bonito que fico com dermencia

Se te quero tanto perdoa-me
pois simplesmente nao posso parar

este meu sentimento que veio para ficar
este meu sentimento que veio pra te amar... mas não pode.

terça-feira, maio 15, 2007

Deixa-me te dizer...

Deixa-me te dizer o quanto gosto de ti...
cresceu como uma planta, deitas-te agua e eu existi
o desejo de uma linda viagem na tua face, como sou tolinho,
de ir do nariz ao queixo e parar no meio do caminho

Deixa-me dizer o quanto por ti eu gosto...
O que sinto pode ter muitas virgulas, mas nunca um ponto final!
Deixa-me te dizer porque adormeco com a imagem do teu rosto
e o quanto brilhas aos meus olhos mais que um cristal

Deixa-me te dizer o porque do meu sorriso
E' manifestacao dos meus labios quando os olhos perdem o juizo
quando encontram o que o coracao procura
e faz o meu coracao bater com loucura!

Deixa-me te dizer que pessoas como tu
souberam fazer de um pequeno instante, um grande momento
multiplicado cada grao de areia que se pode ver a olho nu
e' igual ao quanto tudo o resto e' reduzido a um fragmento

Deixa-me dizer que me sinto preso por vontade
atras das grades e so a ti a minha vista alcanca
estou dentro do teu coracao que pra mim e' uma grande bondade
Nao me deixes sair! Nao pagues a fianca

Deixa os meus olhos te perguntar
coisas que so' o teu coracao sabe responder
pois os sentimentos que nao consegues falar
gostava que me os mostrasses sem arrepender

Deixa-me ser invisivel pra no teu quarto entrar
e no silencio da noite te beijar.....
te mostrar que nao existe oceano, nem ceu suficiente,
nenhuma imaginacao consegue imaginar

Deixa-me te dizer o porque de tal
e que so' agora te escrevo no final...
E' porque passo todos os dias a te adorar,
e' porque te amo... no meu sonhar!!

domingo, maio 13, 2007

Palavras escritas... em cada letrinha um significado.
Um desequilibrio sentimental, ja fui outrora julgado
Derramo pra fora o sangue que transporta tanto sentimento..
em cada gota, mil... representa o presente, a luz, um momento
o meu de dois tempos que fugiu, ja tem tempo passado

derramo meu sangue pra fora sem parar
nao consigo , mais forte que eu, nao posso evitar
e como se nao bastasse, o meu de dois tempos fugiu
saiu de mim, voltou-me as costas e riu
"Nao quero mais voltar.."

Fiquei! Derramo o pouco que sobra... e ele fugiu...
Voou! Foi nas asas da esperanca que me seduziu!
e diz ... "Nao quero mais voltar.."
o meu de dois tempos zarpou e nao quis mais saber
Deitou-me por terra.. estou derramando... estou a arfar...

E eu fiquei arfando mas feliz... no desiquilibrio.
Nao me importo, ele virou as costas e riu
nao me importaria se ele nao mais voltasse
mas importo porque vai ter de voltar a' margem do rio
e encostar, atracar, um acordar gelido, frio

Vai nas asas de esperanca e volta na cauda de um golfinho
uma viagem ate' a mais linda seda feita de linho.
Meu de dois tempos que de trabalhar vai ter muito
parar de seguir a luz, esperanca, feeling ou intuito.
Nao.. para ... nao consigo... vai-te embora por favor!!
Vai-te e fica por la', onde estas bem, onde esqueces a dor!

... ja chegou ai' ?

quinta-feira, maio 10, 2007

Sapato negro que anda de ligeiro
dá-me uma dor só de ver
o um tição no ar fortemente a arder.
Reluzente espelho de luz que entra em meu olhar,
fixo olho atento, quieto. Um cordeiro
imovel, estático, fico-me a admirar

Pezinho ligeiro caminha a arder
doi-me o peito só de ver,
e a fusca cor negra radiante como o sol
enche minha alma de prazer,
enche meu peito com dor, coração que fica mole

Doi-me por dentro só de te ver
Meu sol brilhante que não é meu
meu coração que bate, também não é meu
meu pensamento que pensa já fora de mim
ponte que desconheces ligada ao pensamento teu
fixa, atenta.. combustão sem fim

Espelho que reflete o negro da tua cor
largo os comandos e deixo-me despenhar
em tua luz, na delicia, uma flor
na tua essencia, a tua luz , o teu calor
uma dor que não quer partir, só te quer amar

quarta-feira, maio 09, 2007

Erguesse o cavalo vistoso e castanho
com tanta pujança, com tanto tamanho
e levanta a espada reluzente, o cavaleiro
trespassa o inimigo matreiro

Percorre pelos campos infestados
de sangue e de dor, soldados encostados
procura uma luz de esperança
na sua luta que já cansa

As cicatrizes e marcas não estão á vista
jazem dentro, adormecidos numa lista
jazem dentro como mortos vivos
acordem á noite e uivam silvos

a batalha continua jovem cavaleiro
que uma mensagem de paz traga o mensageiro
... a saga que em nada dá, em nada deu
A luta eterna! O cavaleiro sou eu.
Esta noite pintei-te
pintei-te no ceu ate adormecer...
olhei pela janela fusca, suja
dormi ate' amanhecer

Esta noite pintei-te
de varios tons, quente, nua
no silencio da noite, da rua
foste minha, pintada

Esta noite foste sim pintada
na minha mente por ti tombada
no meu ceu brilhante... amada.
Rios que correm vales, cidades, o vazio
a chuva que os enche cai lentamente... O sentimento!
umas vezes correm rapidamente, outras vezes muito lentamente
cai a' noite, de dia... mas sobretudo no escuro ou num lamento

Rios carregados de sentimento, com aceso pavio
rebentam naquele preciso momento.
Os rios que correm vales, cidades, permanentemente
transbordam de sentimento, de ardume. Agora comento!

Rios de sal que temperam a carne grossa
e deixam a marca transparente por fora e por dentro
por tanto tempo, corre lentamente.. O sentimento!
e arde na foz , no final, bem no centro

estes rios de ardume que tenho de viver
noite apos noite... O sentimento!
A chuva que cai e aguarda, noite apos noite..
sua saida para nos rios arder

Transbordam de sentimento... O sentimento!
Cheios de sal, de vontade
percorrem todos os dias com aumento
Rios que correm o vazio, cheios de impossibilidade

terça-feira, maio 08, 2007

Escuro estrelado vivo do céu para onde olho todas as noites
e junto cada ponto brilhante até formar a tua figura

uno cada ponto com muito amor, desenho o nariz , a boca...
dou-te a côr da tua face, dou-te o sorriso e o brilho dos teus olhos

mesmo em vão.. junto cada ponto, cada estrela do céu
e desenho-te...

dou-te o ar que te caracteriza e dou-te as asas que tanto usas
uno cada ponto... cada milhar e faço-te o cabelo... com muita ternura.
junto cada ponto até formar a tua figura.

...num sonho eterno, descabido!
Rasgado, cortado meu tanto de dois pistões
pulsante, cego, sofredor,
os olhos que escorrem de dor.
Vivo e desespero na amarga terra
á noite a desgraça que ao sono se ferra
Aparecem de manhã, á tarde, á noite..
por mais que me dedique com afoite..
O que sou eu?



Sou somente pulsante, cego, sofredor
meu tanto de dois pistões que sofre por amor
Altos, bem vestidos de mãos grandes e belas,
o que salta á vista em todas elas
Aparecem de manhã, á tardinha...
não tenho hipotse, sou uma doninha..
o que sou eu?



Meus dois pistões de tanto bombeado
sente a noite que cai como um gume afiado
e no dia, minhas mãos com cales gastas
agarram a seca terra castanha ás pastas.
Mas eles aparecem á noitinha
com aquelas mãos grandes de fuinha
mas eu sou pequeno, redondo!?



Que hipotse, pequeno redondo
contra altos, inteligentes, bem vestidos
cultos, belas mãos, adormecidos
vivos, joviais, bem falados
que aparecem de manhã, com bela mão
meu sonho agarra na castanha terra em vão.
Por mais que me dedique...o que sou?



oiço passar pela lua a sombra
e fico-me na sombra do escuro a pensar
meus dois pistões que sofrem numa penumbra
naõ tenho hipotse, sou doninha não posso amar
para além, mais eles também aparecem
de manhã, á noite, á tardinha
que hipotse tenho eu, que ira
Rasgado, cortado meu pulsante de dois pistões..
O que sou eu?

quinta-feira, abril 26, 2007

hoje , amanhã... não sei
de que forma?.. não estudei
estou preocupado... estou confuso

meu pertence a quem darei?
mas meu fardo já atei
levarei apenas o que em mim uso

toda a vida procurei!
ai meu amor o quanto te amei
fervia dentro com abuso

eu lá estarei
mas nem mesmo lá ficarei
contigo, coração franco-luso

terça-feira, abril 24, 2007

Estou a ser queimado de dentro pra fora e ninguem o vê. Sai-me labaredas de lume pelos olhos e boca, e do peito mil graus. Estou a arder, sobe-me pelas calças, queima minhas mãos que parecem archotes vivos, luminosos...

Estou vivo, a ser queimado
Broto chamas pelos olhos e boca
incandescente meu corpo cansado
deseja uma ideia louca

um horizonte não alcançado
queima minhas mãos que ardem como archotes
nunca serei perdoado
as dores que causarei serão fortes

vivo já em brasa, tição endurecido
pelos lumes que teimam sem parar
choro lágrimas de verde ardido,
Vento que levanta minhas cinzas no ar

arde tanto meu corpo cozido
arde tanto mas não morro
viver neste mundo perdido...
é em vão o que corro

da minha vida tantas ilusões tido
que arde este lume que não desata
meu coração faminto iludido
por mim proprio! Um frio que mata

e tudo o que tenho mantido
O vento, os pássaros, o mar ...
e os lumes que me deixam dorido
dão agora vontades de me calar

segunda-feira, abril 23, 2007

Não sei falar mais de amor
já o tinha dito antes que não consigo
sinto, mas falo apenas ao amigo
que me ouve e suporta a dor

Nao quero falar mais de paixões
sinto tanto e nada
sou um cão que não morde e ladra
e vive nas suas ilusões

Sou um homem que sente
que não foi feito pra amar
foi feito sim pra adormecer ao luar
a razao que ao coração mente

quero sim viver mas apenas
comigo somente e esquecer
o amor que o norte me fez perder
o amor que deixou-me de mãos atadas
O que me disseres será guardado
será meu e teu e será respeitado
aconteça o que acontecer ficará apagado
nem mesmo que algo apareça ao lado

Eu vou guardar até que fique enferrujado
melhor agora que nunca contado
porque depois não será concerteza fado,
não haverá luz para ficar iluminado

domingo, abril 22, 2007

Nos meus sonhos es minha, na minha vida es um sonho...
Escrevo mais estas palavras que comecas a ler
mais uns versos loucos que verte do meu ser
sao feitos de acucar e com petalas de rosas
como em muitas outras por ti! Escritas e prosas

Enfim... so para te dizer mais uma vez,
nao sei o que sentes quando isto tu les,
que te tenho dentro de tal maneira assim
nao consigo me separar, fazes parte de mim

Eu sei que entendes o que agora escrevo
se eu quiser mais de ti... pensar nao devo
e sim vou manter o que temos, e' especial
se tu o quiseres vou deixar como tal

Se bem que os meus sonhos loucos por ti
sao desejos, sentimentos que nunca antes vi
mas vamos deixar andar e nao pensar
no que sinto, no meu desejo de te amar

Pois se pensarmos muito nao vivemos
e eu quero viver o que temos
porque nao tenho memoria de ter vivido
todas estas emocoes que tenho sentido

Escrevo mais estas palavras sim sentidas
que nossas partilhas, conversas tidas
serao respeitadas, sem uma unica traicao
dedico-te lealdade do meu coracao

O que for sera' e nao irei esperar
que o ceu desca a terra pra me levar
mas irei concerteza subir ao ceu
e te deixar o meu coracao que tambem e' teu

quinta-feira, abril 19, 2007

Estranha sensação de se estar
de ver partir um Sol que nunca tive
mesmo sentindo que o calor em mim vive
meu sonho que um dia tinha de parar

Esta é a maneira certa de se ficar
que comigo será sempre por respeito
mesmo que exista algo de peito.
Injusto seria alguém ter ainda melhor lugar!

Mas este castelo gostaria eu de reinar
com a vontade de outros tantos que já reinei
igual a tantos outros que eu chorei
nao teve pernas pra poder andar

Incompreendivel sentimento, possa soar
contrasenso de querer e deixar
um vazio que não se consegue explicar

domingo, abril 15, 2007

Se me ponho a cismar

Se me ponho a cismar o que sinto
o que cheiro e toco e o que vejo
ou o que de vontade dedico, finto
que sonho tanto com aquele beijo

Se me ponho a cismar com mentiras
com loucuras, supostas realidades
e tentar domar indesejaveis iras
porque pesa mais as saudades

Se me ponho a cismar... de que serve!
ser um estupido, tolo , usado
dou o meu coracao que ferve
sinto-me inutil, estagnado

Nao me posso cismar nao
e continuar a acreditar nesse mar
pois e' mto grande, um misterio em vao
nao tem espaco para eu nadar.

sábado, abril 14, 2007

Percorre-me a febre em alta
um corpo perdido todo com dores
o ar que nao me enche, falta
estou doente por amores

mais uma vez deitado no leito
e na boca com amargos disabores
que terei a mim mesmo feito
sera' um desfecho com escuras cores?

porque e' q eu de ser assim
e com tao poucos louvores
fico pasmado fora de mim
fico sentido para onde fores

nao tenho vontade de ver os amanhãs
sou um arbusto no meio de flores
infimo, sou calado no meio de galãs
sou mais um tolo doente por amores

quarta-feira, abril 11, 2007

Jardins secretos

Pela alvorada de raios foscos
que no suor das folhas percorrem
na verde relva, os troncos toscos
as lágrimas que aos teus pés morrem

pela manhã os pássaros cantam
em cima de um arco feito de telhas
todos os dias que para ti levantam
histórias de amor já de si velhas

Uma leve brisa faz esvoaçar
os galhos das árvores neste labirinto
onde me perco inutil para te amar
e morro perdido, faminto

sei de cor como este secreto jardim
cada imagem, traço do teu ser
perpretante cheiro intenso de jasmim
que fascina-me e move -me só para ter ver

sexta-feira, abril 06, 2007

"alcool to see if I can cheat my feelings"

sexta-feira, março 30, 2007

Do que eu vivo em paixão
repleto de sonhos e ideias
que me usam, tão erradas são
percorrem-me nas veias

Os ideais tão sentidos
e que amarram-me com correias
minha pele e ossos comidos
pelo cantar das sereias

sou um comum ser vivo
banal, de rotas meias
tive sempre um bom motivo
acabo sempre com histórias feias

Confuso os enredos
tecidos com fortes teias
de incertezas, medos
esperado engano das máguas cheias

sexta-feira, março 23, 2007

just give up those dreams
nothing is what it seems
live your live with joy
forget impossible things boy

Get yourself some air
don´t drive to despair
if it is not possible
don´t try to change the unchangeable

In spit of everything
I´ll have those who I love
in mine heart made of lighting

quarta-feira, março 21, 2007

Sabeis o que na minha escrita diz
que arde dentro de um corpo incandescente
pintada com cores de serra e mar vos fiz
as mais puras sinceras palavras somente

dedico-vos mais este que quis
e que a outrem faço raramente
porque vos quero, vejo que percebeis
em meus olhos minha alma não mente

mas antes que a dor fermente
minhas palavras com doçura escritas
minhas ideias com amor invente..
criadas com a inspiração que vós suscitas

Digai-me que acredita que estou dado
que o que faço não é por estar ausente
mas sim por vós ficar atordoado
mostrar-vos por palavras o que meu coração sente
" Eu sei que estarás sempre por mim...
..Não há noite sem dia, nem dia sem fim! "
"Será que lá longe ainda o céu é azul
ou já o negro cinzento confunde o norte com o sul..."

segunda-feira, março 05, 2007

Se o Sol tivesse o teu nome,
de forma alguma ficava admirado
pois so' de olhar a tua beleza de renome
fere-me os olhos, fico encantado

Teu passo ligeiro, firmo
e teu cabelo que esvoaca no ar
sincronizados com os teus olhos , como os cismo
em camara lenta parecem coordenar

o teu sorriso... ai o teu sorriso
que encanto, de leve... que belo
como eu amo esse perfume feitico
como esmoreco, desejo te-lo

es banhada em tons de arco-iris
tao hipnotizante que nem te apercebes
fazes palpitar a minha iris
fazes o meu coracao ficar com febres
Já não era o mesmo no vazio
aquele magico que te encantou
fez um feitiço e fugiu
a minha flor que a' sede murchou

Saudade de um abraço nunca dado
ou serei um cobarde por beijar o teu chão
coberto por um tapete de veludo encantado
vivo e vermelho como a minha paixão

Eu sei que te escondo a vontade
dos meus sonhos loucos sem razão
que te vêem numa aura, cheia de beldade
por entre estranhos mistérios e confusão

Já não sou um herói
sou sombra do passado que sobreviveu
sou o espectro de um homem que foi
um sonhador que te deu um beijo e morreu...
Quero me perder
nem que uma mentira seja
de te ouvir dizer
que so a minha boca a tua beija
Da rua as pedras da calcada e' feita
calcada com o tempo da vida
quieta esta tortura aceita
sem ter uma unica ferida

vive apanhando a chuva
o vento o sol e as poeiras
sente do homem do lixo a luva
e dos beirais das casa pingueiras

.

Se o Sol tivesse o teu nome, de forma alguma ficava admirado
pois so' de olhar a tua beleza fere-me os olhos ...

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

.

Deverei eu pensar que sou o centro da saudade?
Quando os proprios sonhos destroem os sonhos
com historias que mostram a verdade?
irreais, tristes, ironicamente risonhos

Estes sonhos que agita a vontade
que remexe e turva de tristeza e duvida
porque os sonhos tambem acontencem na realidade
" deja vu's " que dao a' vida

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

( )

Preciso desistir dessa vontade
de olhar para um ponto, numa eternidade

Tenho de desçer á terra
abrir os olhos que na fronha se ferra

Conformo-me na derrota de uma guerra sem luta
Deixo-me ficar na minha vida puta

O vazio inexplicavel se apodera
numa paz gélida que não espera

... que irá passar também...
como o inverno que dá lugar á primavera

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Apaixonar...

Apaixonar....
Subir tao alto sem tirar os pes do solo
.. nao tem mal em sonhar..
em se apaixonar
Para dentro...apenas enquanto
fechamos os olhos e viajamos no encanto
no irreal.. , impossivel... no que se deseja tanto

Apaixonar... aqui e alem
pelas mais simples coisas e pessoas
sem desdem...
pelos promenores
tao insignificativamente significantes
.. e nao soltar pra fora o quanto
isso mexe connosco
guardar so pra nos como musica, como o calor de um manto...

.. num sonho imaginario, absurdo...

terça-feira, janeiro 30, 2007

Poesia maldita

Vinganca na escrita
uma escapatoria
mais uma estupidez
que faz-me subir em gloria
uma poesia maldita


escrevo todos os dias
como um doido
sem parar
maldicao... que te vaias!!
ou entra em mim
para amar

Na noite... plena
onde tudo descansa
e eu minto-me
engano o sono
para escrever poesia maldita
coracao que em vao rescuscita

Quando fico cobarde
num jantar que se fez tarde
e o vinho que bem sabe e que arde
e remexe a minha cabeca
Sinto que nao me quer deixar
nao me deixa.. quer me acompanhar
este vicio conveniente
pra nao lembrar
minha poesia maldita

(Sem nome)

Ontem ao adormecer
percebi que se foi aquela
como de o dia para o anoitecer
cai de forma singela

hoje sinto a dor
de mais uma historia...
um conto imaginario de amor
certamente ficara' na memoria

vejo que tudo me foge
sinto-o no dia de hoje
um vazio profundo

percebo a realidade
e nao quero a saudade
de voltar a viver este mundo

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Elas que sabem como

Elas que sabem como funciona a coisa
que tudo murcha quando a abelha poisa
de proposito ou quica... nao intencional
ou talvez a vontade de um bacanal

Elas sabem o que faz mover
tem dentro de si o saber
de cativar .. de deixar levar
aquele que com esperanca se deixa estar

... aquele que esta' sempre a' escuta
'e descarado.. nao tem lata
que pensa de mais, que julga
que por tao pouco fica logo em pulga

Elas sabem que sao assim... mas nao evitam
fazem-se desententidas e agitam
aqueles que nasceram assim
aqueles que cresceram com coisa ruim

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Que destino?

Vivo imundo, perdido
sem qualquer esperanca, banido
fui escurracado, corrido
indirectamente com motivo

com um proposito, justificado
fui com jeito, posto de lado
por minha culpa, cortado
meu coracao ainda vivo

a alma que alimenta
a esperanca que alenta
uma luz escura que aguenta
mas e' em vao, sem objectivo

meu coracao que ja falha
as dores que sinto como navalha
peco a Deus que me valha
o destino respectivo

Sonhos mil

Como era naquele tempo , a inocencia
navegar tao puro por entre as aguas
com o tempo reinou a dermencia
as descobertas, desejos, maguas

vivo numa paradoxal ausencia
vivo saltitando por entre luas
tresloucadas emocoes de indecencia
minhas maos que sonham com as tuas


Toco em tuas peles como nunca toquei
beijo em teus labios so eu sei
como o calor que brota de um vulcao

mas esta alegria da correspondencia
desaba na minha consciencia
porque apenas tudo sonhos mil sao

Os versos que te fiz

Deixe dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolencia de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Sei o que arde, sei o que e' ...

Meu estado de espirito se apresenta
como uma chama que arde e alenta
este destino cruel , sem fim
uma tespestade, uma tormenta

nao posso ter, nem posso tocar
so posso de longe bem tratar
esbatida sedutora de marfim
na minha mente apenas imaginar

sou de tudo um pouco
mas de paixao sou um louco
nao creio que exista homem assim
rastejar por tao "pouco"

Sei o que arde, sei o que e'
sei que tambem ha que haver fe'
deveria eu acreditar em mim
mas como se pode subir ao ceu a pe'?

Es a essencia

Es a flor perfumada
que abala a minha alma coitada
que sofre de desejo e de dor
so de te ver... meu amor...

es uma petala de jasmim
a mais macia em todo o jardim
es iluminada, incandescente
a maravilha do sol nascente

es a desgraca que procuro
que me afogo de dia e no escuro
uma droga que nao consigo deixar

es a essencia da minha vida
aquela viagem so de ida
sem regresso so para te amar

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Sou miseravel

Sinto-me miseravel
como se a tristeza fosse um gato
que me persegue e eu pequeno como um rato
fujo com a minha infima vida, tao dissoluvel...

Sou descartavel...
como se de uma arvore eu tivesse origem
sou papel pra limpar fuligem
que agora arde numa chama variavel

fujo da minha propria vida
dentro de um cerco fechado, sem saida
nao encontro o ser que ha' em mim

Nao me sinto, nao me vejo,
neste circulo tirano, egoista, sobejo
camuflado de cetim

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Se eu fosse!

Se eu fosse poeta
pintava-te cores de jasmim
corria o mundo sem fim
seria um profeta

Se eu fosse um dia...
Se eu pudesse...
se o ceu e o mar trouxesse
junto a ti te dislumbraria

Se eu fosse intocavel
super, charmoso
Cinza, formoso
azul, adoravel

Se eu fosse, pudesse
estas e tantas
todas e nenhumas...
Alguem que te tocasse

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Palavras soltas

Palavras soltas , palavras do meu saber
Palavras que partilham o meu espanto, a minha ansia, o meu viver
todas estas palavras soltas que de mim saiem
mostram os amores, as alegrias e as lagrimas que caiem
cada vez que choro
cada vez que perco o caminho


Palavras, palavras soltas..
são para libertar orelhas moucas
servem para espairecer, desanuviar
minha mente já de natureza perturbada
constantemente a sonhar
permanentemente "aluada"

Palavras para quê??
se eu proprio já conto uma história
sem a necessidade de papel... de memória...


terça-feira, janeiro 09, 2007

Borboleta

Borboleta que voas de asas coloridas
fazes inveja as demais margaridas
e por entre campos nus agrestes
es a luz que ilumina esses solos terrestres

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Inconstância

Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...

Florbela Espanca

.

A revolta do meu musculo pulsante
confusa verdade, outrora amante?
meu caminho de luz tão distante

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Quem sou

Quem sou eu... fervilhante ser de ciume
de tanto amor , de tanto lume...
de tanta esperança fútil..
de tanto pensamento inútil

Quem sou eu... vivo demais
nem sei como, nem porquê,
sou louco a mais!
No meio da azafema e o passeio propositado
a hipotse surge de aparecer furtivamente,
mais de uma do que de um, ohh Senhor, justificadamente
um piscar ou um leve sorriso aparece encabuladamente

igual a um afastar para supostamente
algo camuflado tão subtilmente
que não consigo provar ... um egoismo dissimulado
com história, com passado?... Não sei.

Aí se soubesses

Ai se soubesses, e os teus
que se estivesse pra chegar um milagre dos céus
estaria pacientemente para ti nessa espera
como uma gota de orvalho numa manhã de primavera

Iluminada de doce penugem

Tu que no alto pernoitas e olhas por nós
tu solitária que iluminas meu pensamento dormente
na noite por onde nas casas dorme toda a gente
e a luz que ilumina amores sós


pensamento com um ciclo vicioso sem fim
que corroi este aço já fraco de ferrugem
mas tu iluminada de doce penugem
abraças por momentos essa ferrugem longe de mim


Ouves-me esguio na noite solitária
só eu e tu falando e mais nada
escutas quieta, redonda, atada
nessa tua luz limitada horária


Tu lua que no alto me ouves
o refugio dos meus calores
dos meu desejos, dos meus ardores
meus segredos guardados... só tu sabes!

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Ar dentro de mim

Sou um peixe que toca no sol
Sou um raio de luz apanhado no anzol

olho a toda hora e suspiro-te profundamente
e retenho ansiosamente
esse ar dentro de mim

como se fosses em auxilio entrar
nos meus pulmoes e fogo apagar
que arde num desejo sem fim

sera'

sera' que estes espinhos de veludo picam ?
seram ciumes com verdades que me queimam ?

sera' que e' apenas por dizer
num momento, num minuto ou outro dia qualquer ?
sera' que me ves fazer
estes versos e percebes o que quero dizer ?

sera' que a vida e' isto
e nao passa de um desejo ou sentimento misto ?
sera' que quero viver na rotina
e acordar ver tudo igual ao afastar a cortina ?

sera' que me queixo demais ?
.... ou vivo infeliz por vontade porque da minha cabeca nao sais !?

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Ohh Voçê..!!

Ohhh tu senhor de cinza e branco
mais valia teres um banco
Perdão!! Devo lhe tratar por voçê!!
Peço desculpa, muitos anos lhe dê.

Ohhh Voçê de azul e tanto
que dissimula bem sobre um manto
essa Sua postura cínica e pomposa
não vale um cravo, uma rosa

É concerteza um derradeiro galã
come o fruto proibido.. a maçã
come com muito charme o convencido
iludem com mestria o suposto adormecido

Ohh Senhor !! sei que Tem todo o direito
Sei que Voçê plantou semente nesta horta
e foi o primeiro a bater á porta
mas foi contra tudo o que me foi dito afinal!!?!.. É um feito!!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Dizer que te amo é pouco
é um mero habito actual de se mostrar
que realmente se gosta como um louco,
mas eu vivo muito mais do que o amar

Grito por ti tao alto que fico rouco
desenho-te meu amor no meu sonhar
quando nao estás por perto fico oco
e quando estás imagino-me a te abraçar

Donzela que por ti sou um cego morto
tu és o ar que nao posso agarrar
tu és o caminho onde nao posso andar

mas queria eu um dia antes de zarpar do porto
Dizer-te .. "Aral" continuarei por ti a cantar
... continuarei incansavelmente a te louvar!


Se ficas para trás, em terra a me ver
e eu no mar sozinho a navegar
quero antes que fiques a saber
que sonhava ao teu lado um dia estar

mas nao posso ficar assim a bater
nesta pedra que nunca se há-de quebrar
por mais sonho que eu possa ter
nunca nada jamais irá mudar

E este é mais um poema deste teu amigo
Que te adora, ama ...mais do que possas imaginar
mais do que a tua mente possa alcançar

Mas mais do que a penitência, que um castigo
é ver-te e nao te poder tocar...
Porque "Aral"... por ti sinto mais do que amar!

Verdades escondidas (compilação)

Verdade escondida (Intro)

... fantasias e sonhos...!
_________________________________


Verdade escondida (part1 - a primeira vista)

Estará alguem a pensar em mim?
concerteza estará sim
esse alguém "não correspondido"
de muitos anos já vivido

Esse alguém que sempre me fascinou
desde a primeira vez que vi, que entrou
dentro de mim primeiro como estima
e por fim como uma rima

estarei eu pensando errado?
por entre meus sonhos, ilusões pedrado?
não faz sentido quem vê por fora

a verdade é que vejo como algo doce
embora ultrapassar os espinhos fosse
desse tão lindo fruto de amora


______________________________________

Verdade escondida (part2 - verdade obscura)

Aii essa linda côr de amora
que pose .. esse jeito elegante
toda a noite, dia e hora
com o seu andar ligeiro, possante.

Mas penso que uma coisa no passado
alguém de cara conhecida
não tenho a certeza , mas julgo já esquecida
lhe deixou algo pintado

Pois as brisas no ar eram semelhantes
e os sorrisos dissimulados constantes
fruto talvez da minha imaginação

Não desisto de pensar
não me impede de sentir, sonhar
todas estas coisas que impossíveis são


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Verdade escondida (part3 - impossibilidade)

Os tempos são bem ausentes
e as vidas completamente diferentes
tão longe como a água e o fogo
apenas dizer cada dia.. "até mais logo"

não seria éticamente correcto, eu diria
E esse alguém provavelmente afastaria
essa remota hipotese vinda do céu, da lua
essa ideia maluca, crua

Mas vivo bem conformado
com a ideia maluca. Não estou indignado!
Sei o meu lugar perante tal admirar
Sei que o seu lugar está tomado .. assim irá ficar


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Verdade escondida (part4 - acordar para o real)

Não serei um ou outro que por aí vagueia
que mexe e remexe e a todos chateia
serei aquele que estará sempre que possivel..
Estar ao lado de quem gosta, ao mesmo nível

Sei que a vida é feita disto
de coisas impossiveis, de sonhos
de que serve ficar de olhos tristonhos
há que saber viver com isto

Se ao menos eu andasse no tempo
e a minha idade continuar...
Acorda tolo !! Põe mas é um trapo
nessa tua mente que vagueia no luar!!

Esta minha mente, esta minha mente...
Não liguem! Que pensamentos??!... tão estupidamente!??!


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Verdade escondida (part5 - distraida idealização)

Pretendo continuar com a injenuidade
continuar com os desgostos, amores
continuar a esquecer as dores
tentar não olhar para trás com saudade

e essa alma, esse alguêm
que de quase tudo tem
uma perfeita idealização
insistente impossivel realização

Mas como pode tal figura criar tanta admiração?
se existe supostamente tanta distração
nos caminhos que ando sem fim

E a luz que vejo no fundo de cada tunel
essa luz intensa, permanente, admirável
de tantas outras não há outra assim


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Verdade escondida (part6 - mendigo vs. rainha)

...serrado de preto por vezes
minha cara com uma juba de leão
mal amanhado sempre com um senão
os vorazes bolsos sem um tostão

Como posso sequer ser notado
pois nem de ouro nem de prata se sou
sou apenas mole e para todo o lado vou
tenho tudo e nada para ser amado

o que sou ao pé dessa figura
esbelta, graciosa, neve branca pura..!
Sou muito sei que sou

fico feliz por isso
ser muito, significa um maciço
de amor que se plantou



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Verdade escondida (part7 - caminhos esquecidos)

Vivo com o meu fardo, um outro fardo
e desejo esse outro... instinto pardo
que mesmo no escuro brilha
enquanto durmo a meia milha

haverá outros caminhos mas não sei
será como tantos outros que tanto amei?
ou será aquele que procuro?
Prefiro não me atirar no escuro.

de tantas formas e tantas passagens
tantas vezes nadei até ás margens
e tantos buracos tirei-me do fundo

prefiro tentar ter uma vida serena
com esse fardo, com essa pena
e sonhar com esse aral feitiço de outro mundo

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Verdade escondida (part8 - mentira)

Acho que prefiro a mentira
os meus ouvidos chamam-lhe ira
a minha boca, tão doce e enganadora
tão igual por esse mundo fora

Quero ouvir aquilo que não é verdade
quero sentir um gostinho cobarde ...
Levas mas e' uma tapa ohh cabecudo..!!
Nao aprendes..!? Pareces mudo!!

mas nao ouve este corpo que parece vigoroso.
vazio, morto, vagabundo, viscoso
Chamam-lhe sem alma

E o chamamento de mentira traiçoeiro
é um desejo no cume de um pinheiro
tão alto, sem descanço nem calma.



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Verdade escondida (part9 - positivamente)


Mas resisto a esse chamamento
porque a vida.. ora.. a vida são dois dias
não se pode estar num pensamento
eterno! É ir em frente de cabeças frias!!

Se não me sinto bem com esta?
e se houvesse chance com outra?
Eu opto por não pensar, nem de outra nem desta
nem naqueles que comigo estão contra

Eu é que faço "bicho de sete cabeças"
olho, falo e destino sentenças
finto os olhares de quem gosto e me olha

Tudo espanta, tudo passa
como já diziam... mal da traça
o destino é a nossa escolha

quinta-feira, dezembro 14, 2006

sentimentos actuais

Estou indistinto
Indignado
estagnado

Não existe significado
neste objectivo mal traçado
Meu coração ultrajado
despido, crú, roubado

Fui raptado
sei que foi por vontade
sinto uma especie de saudade
estranha cumplicidade

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Vontade insuficiente

Tu... pensamento que travas-te comigo
um combate horrendo
por pouco ia morrendo
se não tivesse umbigo

safei-me, a tempestade passou
e sinto uma paz estranha
uma dor incompreendivel me arranha
uma tristeza neste estado deixou

Falta algo... , uma côr, uma luz
apesar da solidez e vontade em alta
afinal parece que falta
a felicidade que sempre supuz

Mas Tu!!!... pensamento mundano
que vives das migalhas
amores fugazes que falhas
refugio que te cobre com um pano
Espaço intemporal
de algo impossivel,
frio como o metal
insustentável fusivel

vivo assim, egoista
triste, confuso, sem vista
num mundo aparentemente bem

o que sonho, o que desejo
fecho os olhos e beijo
o que de razão não tem

sábado, outubro 28, 2006

Lembrança que me tenta matar
mas rasgo , destruo , queimo
minha razão.. eu teimo
meu pensamento fixo no lugar

Minha paixão esfumada
uma raiva alimentada
"pensamentos" mistos, incertos
os males descobertos

quinta-feira, outubro 26, 2006

agonia

Estou sucumbindo...
não o quero
mas desespero...findo

jazo em fome
a noite não me diz nada
o dia é uma estrada
de memórias que me come

que é que faço aqui?
nem sentido faz a luz
do sol que me ilumina
Uma cortina .... que puz.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Perdi o amor

Perdi o amor
já nao sei o que é
só sei o que foi
só sei que ainda doí,
que ainda causa dor
que moí
mas não sei o que é
parece um turbilhão
pareço sem um tostão
nas ruas, por todo o lado
sem rumo nem destino
um condenado
perdido, ignorado
por mim próprio.. sem atino

Já não sei o que é o amor
como o perdi?
onde está esse calor
dessa coisa chamada amor
que sempre senti
e agora me deixa perdido
de coração partido.

Eu cresci
neste campo de batalha chamado amor
um campo de dor
Não percebo o que é...
só sei que tenho um ardor
só sei que perdi o amor.

grão de nada

Tão diminuto como um grão
no universo, na imensidão
Uma gota no oceano
um segundo num ano

um mar sem água
um céu sem luz
vermelho sem mágua
tingido eu pus

aqui em nenhum lugar
com uma bussola, um mapa
num deserto a escaldar
nenhuma sombra me tapa

quarta-feira, setembro 20, 2006

Por entre a neve branca
suores percorrem beijos loucos
gritos ardentes, ares roucos
tantos suspiros, loucura tanta

Tanto agarro, teu corpo no meu
Desejos tresloucados vibram no descanço
tamanha paixão sem nenhum canso
meu ar arfado no teu

Sentir teu corpo me puxar
contra ti num desejo imundantemente apaixonante
num movimento bruto incassável, incessante
prendes-me com teu calor sem largar

Firmo meus braços
que elevam-te no ar com jeito
Elevo-te nesse rio de prazer com efeito
junto nossas maos como laços

Impossivel

Amores impossiveis
quem já não os teve
ficar perdido, num entrave
sentimentos não visiveis

Desejar universos
e todos os astros que lá estão
escrever versos...
...em vão!

sexta-feira, agosto 18, 2006

União

Voas caminhando contra o vento
e com a tua presença o tempo parece parar.
Hipnotizado fico-te a mirar
e a escrever neste único momento

mimo-te até não poder mais
dou-te mel, as cerejas e o cantar dos pássaros
dou-te o céu, o sol e do arco-iris os áros
todas as coisas possíveis, existênciais

Quando olho nos teus olhos redondos
ali no prado, nós os dois sentados
unidos por uma só mente

Digo-te nesta nostalgica tarde de dezembro
que brotar incognitamente na vida contigo quero
como a vida de uma semente

quinta-feira, agosto 17, 2006

Insensatez

Aquele beijo que me queima
aquele olhar que me seduz
tão brilhante , tanto que teima
tanta vontade de ver a luz

Tanta contrariedade
insensata vontade
alegria e tristeza
na busca da verdade

propositada injenuidade
de esquecer tudo o resto
ignorar a realidade
jogar tudo dentro dum cesto.

quando será que irá parar
esta euforia atenuar
como fazer o coração
deixar de andar?

Amo

Amo aqui, amo além
amo todas, nao amo ninguém
amo muito apaixonadamente
amo tanto estupidamente
amo perdido sem um vintem
amo cego redondamente
amo , mas nao tenho alguém
amo de rastos, desesperadamente
amo aquela na minha mente
amo esta que nem amor tem
amo uma que nem sempre vem
amo por aqui profundamente
amo tudo loucamente
amo todas e nao amo ninguém

segunda-feira, agosto 07, 2006

Dia azarado

Água no chão fria... manhã de inverno
toca-me nos pés como um inferno
salto e grito em agonia
deixei de sentir os pés que sentia

dou um passo e escorrego
pelo ar voo como um cego
e caio no chão com tamanha gana.
Maldita casca de banana!

levanto-me do chão a praguejar
e com uma cabeçada começo a delirar
só me faltava mais esta
levar com a porta na testa.

E se eu ficar quieto nada acontece
mas aranha quieta, teia não tece
assim é o lume no tecto e no chão
porque esqueci de desligar o fogão

sexta-feira, agosto 04, 2006

Luz

Vivo na´lma este mundo
Encanto de uma manhã de primavera
O escuro de Dezembro já era
esta luz que veio do fundo

Este brilho, este cheiro me alenta
esta saudade para além do muro
p´ra quê ficar preso no escuro?
pois tudo na vida passa, tudo espanta

Aquele amor que eu andava
e o sol que na vista queimava
foi embora para meu bem

Agora as flores que brotam em mim
florescem com força, sem fim...
aprendo a viver o que a vida tem

terça-feira, agosto 01, 2006

Quero que me deixem,
mas que levem
esse carrasco
de grosso casco

quinta-feira, julho 20, 2006

Restia de lume

Porquê que tudo tem de ser assim
toda a vida um mar de chamas
fervilham nos lençois das camas
e depois tem um fim

não são coincidências,
nas vivências, histórias... há ganho
tudo o que sei e tudo o que tenho
são fruto das experiências

Uma restia de lume ficou
á espera de acendalhas
de alguém com muitas palhas
para queimar como nunca queimou

Fugaz luz

Tenue verdade fugaz no céu
Grita por dentro... peito meu.
Sento-te no banco de espinhos do réu
Rasga-me de dor coração que é teu

Levas-me longe, fico sem ar
Eterno sonhador sou, fico sem mar
Engano a alma! Talvez?!
Não mais consequências que o amor fez!

Preso por vontade e sem asas
livre como passaros de mil raças
quartos sem paredes nem actos
Á luz das provas e dos factos

Incerto o ar que respiro
inutil, sem efeito será um tiro
pois sequer o chão é seguro
do caminho que ando no escuro.

terça-feira, julho 18, 2006

Engano

Sonhos perfurados, esfumados no ar
Perfumes enganadores, experientes
enganam o quieto injénuo lar
deixam perturbadas as mentes

Outrora pensaram em algo mil
um aqui, um além, qualquer coisa
dá ganas de partir a loiça
faz-me sentir um imbecil

mas com que vontades
se dá ao trabalho de injenuamente
revoltar o coração quente?

Pois as saudades
se deixam levar inocentemente
pelas garras de toda "gente"!